domingo, 11 de outubro de 2015

A CHUVA


A chuva derrubou as pontes. A chuva transbordou os rios.
A chuva molhou os transeuntes. A chuva encharcou as
praças. A chuva enferrujou as máquinas. A chuva enfureceu
as marés. A chuva e seu cheiro de terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva
esburacou as pedras. A chuva alagou a
favela. A chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A
chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho prateado. A
chuva de retas paralelas sobre a terra curva. A chuva
destroçou os guarda-chuvas. A chuva durou muitos dias. 
A chuva apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva derramou-se.
A chuva murmurou meu nome. A chuva ligou o
para-brisa. A chuva acendeu os faróis. A chuva tocou a
sirene. A chuva com a sua crina. A chuva encheu a piscina.
A chuva com as gotas grossas. A chuva de pingos pretos.
A chuva açoitando as plantas. A chuva senhora da lama. A
chuva sem pena. A chuva apenas. A chuva empenou os
móveis. A chuva amarelou os livros. A chuva corroeu as
cercas. A chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de
vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou pelo teto. A
chuva multiplicando insetos. A chuva sobre os varais. A
chuva derrubando raios. A chuva acabou a luz. A chuva
molhou os cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva
regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A chuva fez
muitas poças. A chuva secou ao sol.

Arnaldo Antunes

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O poema é lindo!  Mas, o que não é nada legal é carregar guarda-chuva molhado. E aí, sempre carregamos um saquinho plástico para guardá-lo.   Por isso, quando ganhei uma capinha para guardar o guarda-chuva molhado(sombrinha, para algumas outras regiões), adorei a ideia. Então, resolvi fazê-lo para presentear e vender! Com lindas estampas e forrado com plástico, ele é impermeável.  Por isso, pode até colocar dentro da bolsa, sem o risco de molhar o interior. 


 

sábado, 3 de outubro de 2015

PANO DE BATE-MÃO, o indispensável


Não há nada que atrapalhe mais, quando estamos na cozinha,  do que o telefone ou a campainha tocando.  Secamos a mão correndo em qualquer lugar, até mesmo na roupa.
 

É para esse tipo de situação que existe o bate-mão.  


Geralmente, um pano usado unicamente para secar as mãos, nunca as louças.  Muitos já o usam, outros não o conhecem por esse nome.  O fato é que esse pequeno pedaço de pano, enfeitado com tiras de tecidos, bordados ou com aplicações, tem caído no gosto popular.


 
Há diversos modelos.  Para pendurar no fogão, ao lado dos panos de pratos, ou os parecidos com aventais, que ficam pendurados no pescoço.


 
 Escolha o seu e faça a festa!



 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

ARTESANATO - A arte de recriar


Artesanato é literalmente, o ato de fazer artes com as mãos. Trabalho manual, transformação da matéria-prima em um produto de utilidade rotineira. Caracterizava a economia nas sociedades pré-capitalistas, trabalho tradicionalmente de caráter familiar.
         
Com o advento da sociedade industrial, o trabalho do artesão deu lugar a produção em larga escala, deixando o artesanato de lado e os artesãos submetidos à péssimas condições de trabalho e remuneração. Desde então, o trabalho artesanal ficou associado à representação cultural do folclores, costumes e tradições de cada região. 

O artesanato brasileiro é muito rico em representações das diversas regiões do país e utiliza diversos tipos de matérias-primas, tais como, palhas, sementes, pinturas, cestaria e cerâmica, crochê, rendas e tudo que se possa imaginar.

Com a proposta de uma vida mais sustentável, proteção ambiental e reaproveitamento dos produtos através da reciclagem, o artesanato ganhou mais visibilidade e tem encontrado em coisas que iriam para o lixo sua matéria-prima.  Materiais como, garrafas pets, de vidro, papelão, latas de refrigerantes e tudo  que pode ser reaproveitado, e que acabavam por poluir a natureza, transformam-se em outros bens de consumo.

A onda da reciclagem, do reaproveitamento, do apelo à diminuição do consumo exagerado, fez ressurgir o “Faça Você Mesmo” (o famoso DIY do inglês “Do It Yourself”), e como se fazia antigamente, várias pessoas passaram a restaurar, consertar e reaproveitar objetos sem a necessidade de chamar um profissional.  A internet, através de vários sites, está cheia dos nossos já conhecidos PAPs (os famosos Passos a Passos), para quase tudo que podemos imaginar.

Com os tecidos não é diferente.  O Patchwork, trabalho feito com pedaços de retalhos de tecidos, que remonta ao antigo Egito, na produção de roupas, transformou-se, na sociedade moderna, em trabalho artesanal. Costurado à mão ou à máquina tornou-se também, um bom motivo para sentar-se, conversar e tomar um chá enquanto se costura.

Hoje, diversos artesanatos são feitos com tecidos, ou o que sobra de um trabalho maior, os chamados retalhos.  Botões, fuxicos, brincos, cordões, almofadas, toalhas, panos de pratos, tudo pode ser feito com pequenos pedaços de tecidos. Muitos artesãos têm vendido seus produtos e dessa forma complementam sua renda ou mesmo sustentam toda sua família, através do artesanato.

O artesanato, como já se supõe não é para ser feito em série, desta forma, um produto nunca é (e nem deve ser) igual ao outro . Mesmo, quando feito por encomenda, várias peças, nem todas sairão exatamente da mesma forma, daí a singularidade do trabalho feito à mão. 

O EntrePanos Artesanato vem com essa proposta.  Aproveitar cada pedaço de tecido para fazer uma nova peça bem bonita, ou ainda, transformar uma toalha, uma colcha ou mesmo um vestido, através da aplicação de uma flor, de um coração ou o que a imaginação deixar. Por isso, dificilmente, teremos peças exatamente iguais.

Queremos então, incentivar a todos, que coloque a sua imaginação para trabalhar e pense no que poderia fazer para reaproveitar algum objeto ou peça do vestuário que já não usa mais. Consulte a internet e coloque a criatividade para funcionar.  Depois, divulgue o resultado!

Maria Goreth